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Febre Reumática (FR)

Infelizmente, a FR ainda é bastante comum no nosso meio. Acomete principalmente crianças e adolescentes entre 5 e 15 anos de idade sendo rara em crianças menores de 5 anos e adultos. Causa inflamação nas articulações, no coração, no cérebro e raramente na pele. A inflamação no coração, conhecida como cardite, é a principal cardiopatia adquirida no nosso meio constituindo gravíssimo problema de saúde pública. A doença aparece após infecção de garganta (amigdalite) por bactéria conhecida como estreptococo do grupo A (EGA). Apenas irão desenvolver Febre Reumática crianças com predisposição genética para a doença. Por isso que somente 3% das amigdalites não tratadas adequadamente poderão evoluir para FR.



A artrite da FR é bastante dolorosa, incapacitante e acomete principalmente as grandes articulações como joelhos, tornozelos, punhos e cotovelos. A cardite manifesta-se pela presença de sopro no coração. Em alguns casos em que o diagnóstico não é feito adequadamente, a cardite pode se apresentar como insuficiência cardíaca. A manifestação neurológica da FR é chamada de coreia. É caracterizada pela presença de movimentos involuntários principalmente nas extremidades e face, dificuldade na fala e escrita, além de labilidade emocional, irritabilidade e regressão comportamental.

O diagnóstico da FR é clínico, baseado na presença das manifestações acima, associado com alguns exames de sangue e principalmente ecocardiograma para o diagnóstico da cardite reumática. Um exame que ajuda bastante o diagnóstico de FR é chamado de ASLO (antiestreptolisina O). No entanto, esse exame deve ser interpretado com cautela uma vez que mesmo crianças saudáveis apresentam esse exame positivo.

O tratamento está baseado na erradicação do EGA através da penicilina benzatina e posteriormente no seu uso a cada 3 semanas para evitar novos surtos da doença. Deve-se usar antiinflamatório para artrite e corticóide para cardite e coreia.

LINKS
https://www.printo.it/pediatric-rheumatology/BR/info/10/Febre-reum%C3%A1tica-e-artrite-reativa-p%C3%B3s-estreptoc%C3%B3cica